Já era tarde da noite, mas Pedro
e Mateus não conseguiam dormir. Estavam ansiosos demais. Havia finalmente
chegado o momento tão esperado, e os garotos contavam os minutos para o nascer
do sol.
No dia anterior eles haviam
deixado tudo pronto: bolsas, roupas, suprimentos e tudo mais o que fossem
precisar para a viagem. Paloma também iria com eles, e parecia querer levar o
seu guarda roupas todo dentro da bolsa. A garota era uma das melhores amigas de
Mateus, irmão de Pedro.
Os três haviam decidido que
partiriam em uma jornada pokémon. Deixariam a cidade de Pallet, em busca de
novas aventuras.
Em seu quarto, naquela noite,
Pedro já se imaginou recebendo um troféu da Liga Pokémon. Mateus e Paloma estavam
ao seu lado. Mateus carregava também um troféu, com o título de Top
Coordenador. Paloma havia se tornado uma das maiores criadoras pokémon do
continente, com grande reconhecimento. Os repórteres de televisão e rádio
disputavam entre si para filmar, fotografar e entrevistar os três.
Então, os flashes das câmeras
fotográficas dos repórteres de repente começaram a incomodar Pedro, e aquela
luz toda foi se intensificando... O garoto abriu os olhos. Já era dia, e um
feixe de luz solar acertava bem no seu rosto. Pedro não tinha sequer percebido
que havia adormecido. Sua mãe então entrou no quarto com um “bom dia” estampado
no rosto. Estava na hora de ir ao laboratório do professor Carvalho. Acordou
Mateus, que também havia adormecido, e juntos foram buscar Paloma.
Paloma era uma das garotas mais
bonitas da cidade de Pallet. Tinha cabelos cor de mel e olhos verdes, e era
extremamente vaidosa. Havia sido colega de escola de Mateus, e ambos tinham a
mesma idade, 12 anos, enquanto que Pedro tinha 14.
“Pronta Paloma? Vamos ao laboratório?”
– perguntou Mateus, ao chegar à casa da garota.
“Prontíssima!” – respondeu Paloma
animada. Naquele dia, trajava uma blusa xadrez rosa choque e havia trançado seus
belos cabelos.
(Pedro, Mateus e Paloma)
O caminho até o laboratório não
era longo. Pallet era uma cidade com ares de vilarejo. Não havia ginásios ou
grandes centros de compras, apenas uma linda paisagem rodeada de montes verdes.
Mas, apesar disso, Pallet possuía um dos maiores laboratórios de estudo pokémon
da região de Kanto: o laboratório do professor Carvalho, avô de Pedro e Mateus.
O laboratório ficava no alto de
uma pequena colina, e havia uma escadaria que facilitava o acesso. Além do
laboratório em si, havia uma imensa área verde ao redor dele, onde pokémons de
treinadores, e também do próprio Carvalho, viviam na mais perfeita paz.
(A cidade de Pallet e o laboratório do Prof. Carvalho)
“Chegaram cedo garotos, que bom!
Tenho aqui os pokémons que havia comentado com vocês.” – disse o professor
Carvalho, assim que as crianças adentraram o laboratório.
“Então mostra pra gente logo,
vovô!” – Disse Mateus, ansioso.
“Calma, calma!”– Falou o
professor. E prosseguiu: “Antes de qualquer coisa quero que saibam que cuidar
de pokémons exige responsabilidade e cuidado. São seres vivos também e...”.
“A gente sabe, vovô. O senhor
disse isso duzentas vezes nas últimas semanas. Estamos ansiosos, acelera aí,
por favor!” – Pediu Pedro.
“Hum. Ok, ok! Então vamos ao que
interessa. Venham comigo.” – Disse Carvalho.
Os garotos seguiram o professor
até chegarem a uma sala onde havia três pokébolas.
“Aqui estão três pokémons:
Squirtle, um pokémon tipo água, Charmander, tipo fogo, e Bulbasaur, tipo
planta. Todos os três pokémons são muito amigáveis e estão prontos para iniciar
uma jornada com vocês. Eu darei um desses pokémons para cada um de vocês como presente de início de
jornada. Vamos lá, escolham seus pokémons!” – Disse o professor.
(Os pokémons inicias: Squirtle, Charmander e Bulbasaur)
Nesse momento, as três crianças
ficaram paralisadas, olhando uns para a cara dos outros e indecisos.
“Hum, ainda não decidiram, não é?
Vou facilitar as coisas então. Vou soltar os três pokémons para que vocês
possam vê-los melhor!” – Falou Carvalho.
O professor então lançou a
primeira pokébola, e dela saiu um enérgico Squirtle, que entrou em sua carapaça
e rodopiou pelo ar, até parar bem na frente de Pedro. No momento em que o
garoto olhou para o Pokémon, rapidamente disse:
“Já decidi, vovô! É com o
Squirtle que eu quero ficar! Ele é o melhor pra mim!”
“Ótima escolha, Pedro! Agora
vamos a esses dois aqui!” – Disse o professor.
Carvalho lançou as outras duas pokébolas,
e de uma delas saiu um feroz Charmander, que sacudiu sua cauda fazendo com que
as chamas nela brilhassem ainda mais. Da outra pokébola saiu um dócil
Bulbasaur, que lançou pétalas de flores no ar para também impressionar, o que logo
chamou a atenção de Paloma:
“Eu quero este! Vou ficar com o
Bulbasaur!” – Disse a menina, entusiasmada.
“E eu com o Charmander! Já estava
pensando nele antes, e agora que o vejo pessoalmente, não tenho mais dúvidas!”
– Exclamou Mateus.
“Ótimo, ótimo! Fico feliz com as escolhas
de vocês! Espero que vocês três e esses pokémons se tornem grandes amigos!” –
Disse Carvalho – “Agora tenho uma outra coisa pra vocês.”
O professor foi até o armário e
voltou com um objeto eletrônico vermelho nas mãos:
“Esta é a Pokédex. Ela contém
informações minuciosas sobre os tipos de pokémon que vocês encontrarão no
caminho. É de tecnologia avançadíssima! Por ser o mais velho, Pedro, eu a deixo
aos seus cuidados. Todas as vezes que quiserem obter informações sobre os mais
variados tipos de Pokémon, perguntem a Pokédex!” - O professor falou -“E por
último, só pra recordar, lembrem-se de que vocês só podem carregar no máximo
seis pokémons por vez!”
“Obrigada pelo presente
professor! Mandaremos notícias sempre que pudermos.” – Respondeu Paloma.
“Boa viagem, e cuidem-se!” –
Disse, por fim, o professor Carvalho.
CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO...